Violência contra as mulheres como uma das formas de violação dos direitos humanos

13/11/2023 05:11

A Conferência das Nações Unidas sobre Direitos Humanos (Viena, 1993) reconheceu formalmente a violência contra as mulheres como uma das formas de violação dos direitos humanos. Desde então, os governos dos países-membros da ONU e as organizações da sociedade civil trabalham para a eliminação desse tipo de violência, que já é reconhecido também como um grave problema de saúde pública.  O Brasil é signatário de todos os tratados internacionais que objetivam reduzir e combater a violência de gênero.

Ciente desse problema, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) tem contribuído para o aprimoramento do combate à violência contra a mulher no âmbito do Poder Judiciário. Em 2007, por meio das Jornadas Maria da Penha, o CNJ criou um espaço de promoção de debates, troca de experiências, cursos, orientações e diretrizes, voltados à aplicação da Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006) no âmbito do Sistema de Justiça.

No mesmo ano, o Conselho Nacional de Justiça elaborou a Recomendação n. 9/2007, orientando o Judiciário a criar Varas Especializadas e Juizados de Violência Doméstica e Familiar nas capitais e no interior dos estados. Desde então, já foram criadas 139 unidades judiciárias exclusivas, 295 salas de atendimento privativo, 78 setores psicossociais exclusivos e 403 não exclusivos, para o atendimento de mulheres e familiares vítimas de violência doméstica. Esses e outros dados podem ser conferidos pelas plataformas:

Painel de Monitoramento da Política Judiciária Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres

Painel de Monitoramento das Medidas Protetivas de Urgência da Lei Maria da Penha

Na terceira Jornada Maria da Penha foi instituído o Fórum Nacional de Juízas e Juízes de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher (Fonavid), para conduzir de forma permanente o debate da magistratura a respeito do tema, bem como incentivar a uniformização de procedimentos das Varas Especializadas em Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher. Entre as orientações editadas pelo Fonavid, o Enunciado 1 esclarece que, para incidência da Lei Maria da Penha, não importa o período de relacionamento entre vítima e agressor, nem o tempo decorrido desde o seu rompimento, “basta que reste comprovado que a violência decorreu da relação de afeto”. Outro importante Enunciado foi o de número 45 que dispõe que “as medidas protetivas de urgência previstas na Lei 11.340/2006 podem ser deferidas de forma autônoma, apenas com base na palavra da vítima, quando ausentes outros elementos probantes nos autos”.

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Violência contra a Mulher

Mulher simula pedido de cesta básica para denunciar agressões; marido é preso

06/11/2023 09:08

Um homem de 64 anos foi preso em flagrante suspeito de agredir a própria mulher, em Valparaíso, no interior de Goiás, na quarta-feira, 18. A vítima conseguiu denunciar o marido ao fingir pedir uma cesta básica na Secretaria de Assistência Social do município, cidade que fica próxima do Distrito Federal. Segundo a Polícia Civil, o caso veio a conhecimento da corporação após a mulher entregar uma carta de socorro à pasta, escrita à mão, enquanto simulava inscrição para receber o benefício. Quando foi atendida, ela entregou a carta aos servidores, onde relatou estar em um relacionamento abusivo em que é vítima de agressões e cárcere. De acordo com informações da polícia, a mulher escreveu que passou a noite sendo ameaçada de morte pelo suspeito e dizia temer pela sua vida e dos filhos. Por isso, teve a ideia de escrever o bilhete e ir até o órgão, para realizar de efetuar a denúncia e conseguir proteção. Ainda conforme os relatos informados pela polícia, desde o momento em que a vítima entrou para o atendimento, o homem caminhava pela Secretaria e vigiava a companheira. Os servidores acionaram a polícia, que foram até o local e prendeu o homem em flagrante. O preso foi encaminhado à unidade prisional da cidade. A identidade dos envolvidos foi preservada. Por este motivo, a reportagem não localizou os representantes das partes. O espaço segue aberto para manifestação.

Fonte:  https://jovempan.com.br/noticias/brasil/mulher-simula-pedido-de-cesta-basica-para-denunciar-agressoes-marido-e-preso.html

Vale saber:

Em casos de urgência, disque 190 para acionar a Polícia Militar.

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